Um destes caminhos é o uso de anabolizantes, principalmente por garotos, guiados pela ideia de ter um corpo musculoso. Tais substâncias são produtos sintéticos semelhantes à testosterona, que provocam o ganho muscular por meio da retenção de íons e água.
Estes produtos são recomendados para aqueles que apresentam um quadro de deficiência deste hormônio, reposição muscular após rompimento de tendões, dentre outros casos sob aval médico. Entretanto, seu uso tem sido feito sem prescrição e de forma contínua. Assim, podem provocar nestes indivíduos uma gama de complicações, como problemas renais e hepáticos, rigidez muscular (que pode aumentar fraturas espontâneas), hipertrofia cardíaca, aumento da pressão arterial e maiores riscos de sofrer infarto do miocárdio e de cânceres. Além disso, o usuário está sujeito a sofrer de atrofia testicular, esterilidade e impotência, pela diminuição dos hormônios que estimulam a produção de testosterona (FSH e LH). Muitas vezes utilizado concomitantemente aos anabolizantes, suplementos alimentares ricos em proteína podem provocar a sobrecarga dos rins, e gerar quadros de carência nutricional caso não seja adotada uma dieta equilibrada.
Considerando a gravidade do uso destes produtos - inclusive com grande incidência de jovens recorrendo àqueles direcionados a grandes animais, como bovinos; é importante que o professor aborde esta temática em sala de aula. Este momento pode ser compartilhado entre os professores de Química e Biologia, cada um abordando aspectos relacionados à sua área. Pode ser interessante que, antes da atividade, sejam listadas as principais dúvidas e concepções de seus alunos, para direcionar melhor este momento.
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